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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

E S S E N C I A



Sexo Drogas e Rock'n Roll. Êxtase. Bobagem. Bagagem. Sanidade. Óbito. Obituário. Mamadeira. Morreu quando nasceu por excesso de talento e escreveu um refrão arranhado, marcado, descompassado, desvinculado de tudo que viu e ouviu. Fênix, renasceu e se desiludiu outra vez, ressurgiu. Relicário. Memórias dispostas em notas de rodapés. Desenhos, rabiscos, retratos. Quadros, quadrilha, vida regular. Vida besta. Alquimia. Quimera, quem dera tivesse feito outro verso, certo, diferente do negro do outono frio. Pintado uma primavera de flores, quem dera! Quem dera sem algemas ou calabouços, encontrasse num outro sujeito um moço descente, menos dissimulado, menos ousado e mais prudente, um sujeito sortudo. Sorte. Riso. Sono. Sonho. Janelas, abertas com vista pro mar. Perdido sem tempo deslumbrando o azul imenso do céu. Mistério. Estrela cadente. Pedido de olhos fechados um dia a mais para contemplar o sol. Poente. Ponte. Outubro. Novembro. Dezembro. Janeiro. Fevereiro se aproxima. Tereza espera. Impaciente. Médico. Paciente. Essencial. Terapia. Essência. Terapeuta. Mente, mente, mente! Um ano a mais até abril, pelo menos, sem mentiras, sendo gente sã. Saudável, com pulmões funcionando a pleno vapor, sem fumaça. Só vermelho correndo nas veias e permitindo aproveitar um dia a mais a vida inteira como tal, sem personagens, longe dos palcos que a consumiu e desapareceu deixando apenas I N T E R R O G A Ç Ã O.