Sexo Drogas e Rock'n
Roll. Êxtase. Bobagem. Bagagem. Sanidade. Óbito. Obituário. Mamadeira. Morreu
quando nasceu por excesso de talento e escreveu um refrão arranhado, marcado,
descompassado, desvinculado de tudo que viu e ouviu. Fênix, renasceu e se desiludiu
outra vez, ressurgiu. Relicário. Memórias dispostas em notas de rodapés.
Desenhos, rabiscos, retratos. Quadros, quadrilha, vida regular. Vida besta.
Alquimia. Quimera, quem dera tivesse feito outro verso, certo, diferente do
negro do outono frio. Pintado uma primavera de flores, quem dera! Quem dera sem
algemas ou calabouços, encontrasse num outro sujeito um moço descente, menos
dissimulado, menos ousado e mais prudente, um sujeito sortudo. Sorte. Riso.
Sono. Sonho. Janelas, abertas com vista pro mar. Perdido sem tempo deslumbrando
o azul imenso do céu. Mistério. Estrela cadente. Pedido de olhos fechados um
dia a mais para contemplar o sol. Poente. Ponte. Outubro. Novembro. Dezembro.
Janeiro. Fevereiro se aproxima. Tereza espera. Impaciente. Médico. Paciente.
Essencial. Terapia. Essência. Terapeuta. Mente, mente, mente! Um ano a mais até
abril, pelo menos, sem mentiras, sendo gente sã. Saudável, com pulmões
funcionando a pleno vapor, sem fumaça. Só vermelho correndo nas veias e
permitindo aproveitar um dia a mais a vida inteira como tal, sem personagens,
longe dos palcos que a consumiu e desapareceu deixando apenas I N T E R R O G A
Ç Ã O.
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Aquela Nota Sol
Aquela nota Sol
Na primeira nota você já atina ao som
Pensa que conhece, mas, não Conhece
Não.
Essa é nova,
Abre a porta pra falar de solidão.
Tinha um acordo de autoria, de palpite
de participação.
Mas não cabia não,
Mas não cabia não.
Aquela nota era um sol
E tava um breu, uma escuridão
E não cabia sol
Na minha solidão.
Sol/Solidão
Sol/Solidão
Solidão/Sol
E não fazia sol
na minha Solidão.
Tinha um acordo de autoria, de palpite
Sol/Solidão
Amor de ET
Eu já disse a você e cansei
Eu não sou um ET e não sei,
Que raio de bobagem, mas
Que insanidade!
E se eu vim de marte e daí?
O que é que eu posso fazer?
Você diz que me ama assim,
mesmo assim diz que sou um...
Etc...
Um pouco de bobagem faz bem,
E deixa de bobagem meu bem.
Chega aqui que eu quero te beijar,
Tanta coisa quero te falar!
Não quero ir pro espaço
E ET apaixonado, acredite
Faz mal.
Aquela colônia cara.
Você tá emburrada comigo,
Só porque não te dei aquela
Colônia cara.
Se é isso vamos, saia comigo.
Que eu te compro essa tal
Colônia cara.
Esse quadro parecia mais com você
Eu pensei que fosse uma fã de Debret
Me enganei ao pensar que era a sua cara.
Me enganei de mais...
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Abraço
Estava prestes a eclodir, mas
a erupção não veio
e a lava,
me matou por dentro.
Esse amor tá tão difícil!
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Absolutamente
Copo d'água na mesa.
Drink. Salgada!
Meu corpo não produz
mais lágrimas, meu riso,
Acho, nunca mais
Tem graça!
terça-feira, 8 de julho de 2014
D E R R E P E N T E
D E R R E P E N T E
De repente eu sei,
De repente eu sou,
De repente eu posso.
E assim logo vou,
E assim logo passo.
Assim breve, assim...
De repente!
Metamorfose.
Gosto do tempo que passa
por mim e depois
pergunta-me quem sou!
Cai Chuva
A grota ecando alto e os sapos
cantando na madrugada,
Logo mais tem terra molhada!
À beira do lago
À beira do lago
o reflexo do menino brincava
de dançar nas ondulações que cismavam em ser
ondas.
Brevemente
Corpo minha casa,
Minha civilização,
Erguida com substâncias divinas.
Minhas células, minha consciência.
Meu rio de sangue,
Meu pântano, meu mar.
Casca, casulo.
Ponte de encontro, e de partida!
Ninho de vespas,
Sereno da noite.
Ponto de interrogação!
Corpo, minha Kriptonita,
Minha breve estadia,
Minha passagem de ida
Pro outro lado...
Da vida!
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