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domingo, 30 de dezembro de 2012

Carta para Sandy

Homenagem

Que me perdoem as pessoas que sofreram com esse fenômeno. Às vítimas dessa tragédia, minhas sinceras e penosas condolências, e peço, como quem faz uma prece, que não venham pela noite puxar meus pés. Não me perturbem. É que tal comparação a qual me proponho, e pretendo, fazer é necessária, além de ter sido a melhor que encontrei. Eu realmente lamento.
Uma pena o efeito contrário que sofreram, mas, me arrisco em dizer, e dane-se caso eu seja apedrejado por essa declaração. Eu insisto, continuo, e afirmo. O furacão Sandy passou por mim. Passou por aqui e se acomodou logo ali, do lado de casa. É vizinho agora.
Feita a tal comparação, ou sei lá, qual nomenclatura se encaixa ao texto, e pouco importa, pois este, como disse, é por motivo de homenagem.
Nessa data, vinte e seis de dezembro, faz quinze anos que esse furacão Sandy estraga a vida dos próximos. Desses estragos que lamento pelas outras vítimas não terem sofrido, não terem passado. É estrago de mimo, é estrago de amigo. Nesse caso, é sim uma honra ter ao lado um furacão Sandy.
Uma amiga maravilhosa. Filha exemplar. Irmã como nenhuma outra, e uma pessoa genial.
Esse furacão não deixa de ser uma tragédia. Mata, mas de ri. Tem poder de convencimento, e inocência legítima. Porém, é astuta o suficiente para interpretar as ocasiões. Sabe bem o que dizer quando lhe pedem um conselho, e melhor que as palavras que diz é o silêncio que faz enquanto enquanto houve um desabafo. Todo ouvidos, lhe empresta o ombro pra chorar e nunca, nunca vende a amizade. O melhor de tudo, é que depois do momento down, volta a atacar de furacão, uma ventania que só, que sopra pra longe todos os problemas.
Sandy, parabéns. Que Deus abençoe sua vida.
Machado de Assis disse que "aos quinze anos, tudo é eterno", aproveite essa eternidade com sabedoria.
Menina, mulher. Menina, Moleca. Agora ganha outro apelido, Furacão Sandy, desses que causam... Alegria!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Fel




Em veneno de cobra me corta a pele, 
a adaga.
E não resta tempo para perfurar o coração.
Tão rápido queima, quão ágil se espalha
Exatamente no tempo dessas palavras,
e parto, para o nunca, para o sempre,
para longe... para longe!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Desenhos ou rabiscos?


Meus traços podem não ser perfeitos, mas minha imaginação perturbará sua mente.


Ouça mais, e segure a sua língua!


domingo, 9 de dezembro de 2012

Canibais


Para surpresa dos mais ocupados a mesa estava repleta de partes, um corpo destrinchado compunha a decoração dos pratos, enquanto que outro ao centro, inteiro, mordia uma maçã e ao que tudo indicava, estava recheado!
A intenção era fazer uma ceia diferente. 
_Em noite de natal, é de se esperar algumas surpresas, e também presentes. 
Esta fora a justificativa. Então, tocaram os sinos para o banquete.
Os mais famintos serviram-se de pedaços maiores, enquanto os mais comportados beliscavam e provavam a exoticidade.
Tão boa estava a comida, que logo se acabou. Mas os convidados não estavam satisfeitos, queriam mais. Bradaram em reclamações. Haviam pagado por um grande buffet, exigiam pelo mesmo!
Mandaram chamar os organizadores. 
_A comida acabou!
_Absurdo!
No canto dos lábios surgiam sorrisos em tons e intensões diferentes. No silêncio dos convidados disseram em uníssono que apenas haviam desfrutado do prato de entrada.
_E onde está o prato principal? 
E houve um novo alvoroço.
_O prato principal está no salão, olhem a sua volta. Devorem-se!
E enquanto alguns ainda arrepiados processavam a informação, outros já tinham seus estômagos trabalhando na digestão. O gosto era bom, nada diferente do que já estavam acostumados a fazer no dia-a-dia.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pressa


                                 
                                                   É seu pranto, derrame-o.
                                                  É seu lamento, reclame-o.
                                         Não te espere morrer. É Sua chance, 
                                                              agarre-a.
                                          Do seu quarto, limpe as vidraças.
                                                    Que lá fora, o tempo...
                                                                passa!