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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Suplício de um coração doente





Está presa na garganta, e eu
Esqueci-me de avisar.
Tranquei as portas, e o choro
Está preso.
E os olhos, estão secos.
E a mágoa...
Fria como um prato de sopa,
Que ninguém ousa tocar!
A chave está perdida.
Atirei-a com todas as forças,
No deserto mais inóspito que conheço,
Com pesar, e lástima,
Seu coração.
Minha vida passa e atropela,
Feito trem descarrilado,
Meus anseios e sonhos de rapaz casto.
Enquanto sua genitália continua
A implorar, por canalhas
Que a possuam.
E quando penso sobre tudo,
Todas as promessas feitas,
A casa, nós dois na varanda,
Os filhos no jardim,
E o sorriso em nossos lábios
Contemplando a beleza da cena,
Lembro também da vida
Clandestina, do amor
Não correspondido e da mentira
Que resseca a boca e prende

A angústia... Na garganta.

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