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terça-feira, 30 de abril de 2013

Serpentes




Era esperta, uma cobra, persuasiva e perigosa. Veio sensualizando, sussurrando em meu ouvido e querendo chupar meu pênis. Promíscua! Queria mesmo era me manipular para encontrar respostas, descobrir segredos, desvendar mistérios, destruir vidas. Cismado que sou, percebi sua intenção antes que me rendesse ao desejo. Se fosse por instinto e não medisse a razão daria a ela exatamente o que queria.
Ela continuou subindo em cima de mim, tentando me masturbar, e me disse que nunca eu encontraria uma língua tão hábil quanto à dela, ou útero tão quente. Não aguentei, e agora que havia racionalizado tudo, me rendi. Gozei como nunca, tremi, e urrei como urso. E ela ficou esperando o troco, que eu lhe contasse o segredo, mas eu simplesmente subi a calça, vesti a camisa, calcei o tênis e saí.
Ouvi-a me acusar de guardião de memórias e me atribuir outros sinônimos mais. Tinha uma boca bem porca, mas, no final das contas não era tão perigosa, nem esperta quanto pensei. Melhor que ninguém deveria saber que é da natureza do homem agir por conveniência, ser manipulador e persuasivo, tal qual a cobra.

Um comentário:

  1. Às vezes trapaceamos tã bem quanto o diabo!
    Você tem o dom meu amigo!Você tem o dom!

    Também ando meio (muito) ocupado, e como sempre, stressado mentalmente!Tenho diminuído meu rítmo de postagens e leitura na net, mas a gente sempre se esbarra!Heheheheh!
    Faz uma coletâne a e manda pra uma editora!Já tem material bom o suficiênte!

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