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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O preço da vaidade



De repente o pente caiu, mas não fora um simples acaso ou qualquer condição de desatento.
O grito ecoou por todo espaço do quarto logo depois que o espelho se partiu. 
Um arrepio percorreu-lhe a espinha, daí, veio à pane e outros demais cacoetes.
Ficou reparando por alguns segundos sua face partida no espelho, ainda estupefata, antes de se abaixar para apanhar o pente do chão. Um tufo de cabelos chamou-lhe atenção e a fez tremer inda mais, presumiu ser alguma doença cancerígena.
Ao ritmo que usava seus cosméticos logo seu reflexo se tornaria irreconhecível!
Refletiu por menos de meio segundo, uma fita adesiva estava presente em cima do criado mudo. Sem muito pensar, pegou a fita e voltou rapidamente ao espelho, para colar os cacos e saciar-se um pouco mais de sua beleza antes que a mesma entrasse em colapso, ignorando o possível câncer que refletiria em sua morte.
Como se nada tivesse acontecido, piscou os olhos algumas vezes e franziu o cenho, depois, respirou fundo e encarando-a disse aos sussurros:
 _ Ainda estou... Perfeita!


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