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domingo, 28 de agosto de 2011

Monólogo


Quem dera eu
Pudesse evitar minhas desventuras
Evitar todos os sentimentos que me perturbassem
Viver sem o ar tóxico da vida
Correr e saltar
Saltar de alturas estonteantes sem que no fim
Me arrebentasse

Quem dera eu
Pudesse proferir meus verbos favoritos
Cantar canções com letras impactantes e verdadeiras.
Gritar pro mundo pro mundo ouvir;
Estou aqui!
Dialogar na mesma língua que todos, 
que os MEUS!

Quem dera eu
Pudesse sofrer por motivos que escolhesse
Chorar!
Não calado, mas junto dos MEUS, 
sair do monólogo,
Abandonar o drama e fazer um papel cômico 
por um dia.
Associar-me à platéia e aplaudir 
outro espetáculo,
Que não fosse o meu!

Quem dera eu...
Pudesse abandonar a angustia...
Livrar-me da turba que me arrasta pro poço...
Se pelo menos me arrastassem pra um mergulho de fim de semana!
Os MEUS me convidaram pra mergulhar.
Pena que me afoguei!

Um comentário:

  1. Sinceramente o que me chamou a atenção no seu texto foi o final "tapa na cara",o texto tava bem lugar comum dai no final você arrematou muito bem.
    Sério mesmo,você é novo e tá engatinhando,mas vejo um fragmento aqui e outro ali,e alguns textos que me fazem acreditar em vc!Bota a caneta pra funcionar que a coisa tá ficando bacana!Heheheeh!Abração,e como vc diz:"Até mais ler!"

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