Eu conversava sobre algum assunto com Bianca, não, algum não conversávamos sobre seu trágico acidente. Ela me contava sobre as dores de cabeça e o mal estar que sentia desde o incidente até então.Perguntei se já estava se tratando e ela me respondeu que sim,mas que ainda não dera resultados,as dores persistiam diariamente e que por isso estava vivendo de analgésicos.Ficamos por minutos conversando,até que faltou o que falar e ficamos em silêncio.
Fitávamos agora apenas o chão!
Eu levantei levemente a cabeça e desviei os olhos até a porta, esperando que a professora ou professor aparecesse e nos salvasse daquele silêncio pesado, tenso.
Era uma professora!
Pediu licença,entrou,cumprimentou-nos.
Fiquei reparando aquele retrato; Uma mulher alta, talvez mais alta ainda pelo sapato preto de salto. Ela usava uma calça jeans meio desbotada esticada até pouco mais da altura de sua cintura,usava uma blusa florida,de todas’cores,tinha o cabelo ruivo muito encaracolado,levemente penteado,levemente bagunçado,desproporcional,tombado para o lado esquerdo!Mas o detalhe que mais me chamou atenção, ela usava no pescoço, uma tira de couro, presumi que ela julgara ser uma fita e resolvera adicionar ao quadro.
Locomoveu-se até a mesa e depositara seus pertences lá, seu material de trabalho, ou poderia mesmo até ser uma bolsa qualquer, dessas que as mulheres costumam carregar seus bereguetes. Depois ela apanhou um giz, foi até quadro e redigiu seu nome:
Cecídia!
Pensei por longos segundos a diferença e semelhança coincidência do nome!Diferente por que nunca o vira ou ouvira, semelhante por Cecília e coincidência por eu ter lido no mesmo dia um poema da autora.
Caminhou lentamente e desajeitadamente até o centro da sala, onde todos os olhares fitavam-na devoradores. Encarou-nos e disse:
_Quero que me façam perguntas._Fez uma pausa e um movimento giratório em si, fitou-nos de novo._Perguntas sobre quem é esse sujeito aqui, esse sujeito que ministrará aulas para vocês durante este período!_Completou e gesticulou gentilmente para que pudéssemos começar.
A primeira pergunta foi sobre o porquê ela escolhera a profissão que exercia. Ela respondeu que não sabia!
Fiquei perplexo e vi o mesmo no restante da turma.
_Eu ainda estou descobrindo, mas posso dizer que tenho grande paixão pelo que faço!-A completou.
Aliviei-me!
Outras perguntas se seguiram e a cada resposta eu percebia que aquela criatura-pessoa ali, era um show a parte, um espetáculo humano e profissional, exalava simpatia e era eletricamente espontânea e intensa. Me surpreendia a cada brilhante e majestosa resposta.
Ela pareceu ser muito fiel a sua religião, católica, mas declarou seu encantamento pelo louvor evangélico.
Mostrou-se ser totalmente mente aberta, embora extremamente exigente dentro de suas exigências!
Sobre a importância da família, e da estruturação da sua mesma!
Falou sobre preconceito!
Falou sobre a importância ousadia!
_Ousem!
Chegamos à sociedade no geral e ao assunto do “quem se importa” quando toquei no assunto da morte da cantora Amy Winehouse.
Eu fiz uma colocação espontânea com base num texto de mesmo nome de um autor chamado Anderson Dias Cardoso, de um blog que costumo visitar, Sobre o assunto dissertado no momento, um breve relato apenas.
Horas e horas se passavam e mais perguntas eram feitas enquanto ela fazia seus gestos espalhafatosos pela sala, mas eram gestos belos de serem lidos-contemplados, pois mostravam o quão além ia sua paixão.
Mais diálogo e perguntas e diálogo e perguntas!
Descobri que a tira de couro enrolada em seu pescoço, fora arrancada por ela de uma bolsa qualquer e que por achá-la bonita-interessante usou-a, não para causar, mas por quê ela era assim:Meio Hippie,Meio pop,Meio gótica,Meio funkeira,Meio punk,Meio Emo,Meio isso,Meio aquilo,e tal e coisa e coisa e tal.
Rimos juntos por mais horas e quando acabaram de vez as perguntas ela insistiu que faltara uma,a principal pergunta.
Daí eu perguntei:
_Quem é você?
Ela encarou-me e meio que sorriu,deixou a pergunta pairar por um momento e começou a responder,mas eu já extasiado de tanto fascínio pela nova professora,que tanto contribuiu para que eu viesse a ter e fazer novas interpretações da vida,nem muito prestei atenção na resposta,apenas pintei na minha frente o retrato que queria e a ouvi dizer:
_Eu sou Tipo assim...uma professora!
Primeiramente,fiquei muito lisonjeado em ser citado em sala de aula,acredito que isso seja uma crônica, e que tenha realmente acontecido, então quero te agradecer por isso, e por sempre comentar o que escrevo.Realmente me deixa muito feliz!
ResponderExcluirQuanto ao texto,entendo o estímulo que sente ao encontrar pessoas como essa professora,que nos ajudam a tornar pessoas melhores através de observações,dicas,cuidados!Isso é muito bom!
Quanto ao trecho difícil do meu texto,realmente ele ficou meio estranho, e era essa a intenção, mas o que quis dizer foi:
"Morto também o irmão, em destino semelhante, interveio o filho deste com acréscimos de uma procissão"...Ou seja:O irmão morreu do mesmo jeito do outro irmão então o filho desse irmão pintou uma procissão no painel para acompanhar os mortos.
E"se confortou se pintando" anjo para guiar os dois parentes à glória celestial":Aqui ele pintou à si mesmo como um anjo, como querendo dizer que ele estava conduzindo os mortos aos céus.Facinho né???Hehehehe!!!Abração procê!!!
E ai???Passei pra te desejar um ótimo fim de semana,e também por ficar curioso quanto às falhas do meu conto(como vc diz sempre,não aceita o comentário heheheheh!!!).Eu li e escutei o texto um monte de vezes no sintetizador de texto e não achei os erros,mas como às vezes as pessoas enxergam coisas que não enxergamos então queria que me apontasse onde tá errado pra eu corrigir!Quanto ao te adicionar no msn,olha eu raríssimamente uso,mas quizer me adicionar no orkut caso tenha é só procurar dersinhodersinho,caso não encontre me manda o seu que te adiciono com o maior prazer!Abração!!!
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